quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Ciências - Gestão do Território



GESTÃO DO TERRITÓRIO E PROTECÇÃO  E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Ordenamento do território - processo de organização do espaço de forma a possibilitar a ocupação, a utilização e a transformação do ambiente de acordo com as suas potencialidades


Entidade responsável pelo ordenamento do território em Portugal - Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território


Instrumentos utilizados no ordenamento do território
- Cartas de ordenamento do território - definem áreas destinadas às diferentes actividades humanas (locais de habitação, locais para a agricultura, locais para a indústria, zonas de interesse ecológico, etc…)


Áreas protegidas -Áreas criadas para preservar um conjunto que representa os principais ecossistemas ou regiões naturais de um determinado local e das áreas ou ambientes naturais com valor científico, cultural, educativo, estético, paisagístico ou recreativo.





Parque Nacional – área praticamente desocupada pelo Homem e que engloba ecossistemas virgens a preservar. Ex.: Parque Nacional Peneda-Gerês.

Parque Natural – área semi-urbanizada, em que a intervenção humana não desequilibra os ecossistemas, revelando harmonia entre o meio natural e a sociedade humana. Ex.: Serra da Estrela.

Reserva Natural – área cujo principal objectivo é proteger habitats muito ricos, quer em vida vegetal, quer animal. Ex.: Ilha das Berlengas.

Paisagem Protegida – o objectivo principal é proteger uma bela e característica paisagem, para que não seja destruída pela mão humana. Ex.: Lagoa das Sete-Cidades.

Monumento Natural - ocorrência na natureza com aspectos singulares e raros que exigem a sua conservação e manutenção. Ex: Cabo Mondego, Portas de Ródão, Pegadas de Dinossauros de Ourém

Medidas de protecção e conservação das áreas protegidas em Portugal

- fiscalização de actividades como a caça e a pesca
- sensibilização ambiental
- acesso condicionado a áreas protegidas
- controlo das espécies invasoras
- vigilância para prevenir incêndios e práticas ilegais

Alterações provocadas pelo Homem nas áreas protegidas:
-  fogo
- pastoreio intensivo

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Ciências - Ecossistemas

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA DOS ECOSSISTEMAS


COMO SE ORGANIZAM OS SERES VIVOS ENTRE SI?


Onde vivem os seres vivos?

Cada ser vivo precisa de condições necessárias à sua sobrevivência. O local onde o ser vivo encontra essas condições chama-se habitat.


Níveis de organização dos seres vivos num ecossistema


Espécie - conjunto de organismos geralmente semelhantes que, quando cruzados entre si, originam descendência fértil.

População - conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam um determinado local (habitat) e que interagem entre si

Comunidade - conjunto de populações que habitam um determinado local (habitat) e que interagem entre si

Ecossistema - conjunto dos seres vivos (comunidade), do meio onde habitam (habitat), das relações entre si e com o meio.





Podemos afirmar então que um ecossistema é constituído por:

uma componente biótica - seres vivos e as relações entre si e com o meio
e por uma componente abiótica - meio onde vivem os seres vivos e os factores abióticos que os influenciam (água, luz, temperatura, solo, vento, etc…)


Biomas -  são conjuntos de ecossistemas em interacção que são condicionados pelas condições geográficas e pelo clima da região onde se situam e que são caracterizados por um tipo dominante de vegetação e macroclima.



Principais tipos de biomas



Biomas terrestres:

Tundra
Taiga
Floresta temperada
Floresta tropical
Savana
Chaparral








Biomas aquáticos:

Oceanos
Mangais
Pântanos
Rios







INTERACÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E O AMBIENTE


Os factores abióticos são os factores do meio que influenciam os seres vivos.

- a luz
- a temperatura
- a água
- o solo
- o vento

INFLUÊNCIA DA LUZ NAS PLANTAS


- Fototropismo - As plantas necessitam de luz para sobreviver pois é a fonte de energia que utilizam para realizar o processo de fotossíntese.
Por isso, as plantas têm tendência em se movimentar (lentamente) em direcção à luz solar. A este movimento dá-se o nome de fototropismo.


 Influência no desenvolvimento conforme a necessidade de luz directa e intensa ou sombra

Plantas heliófilas - desenvolvem-se melhor sob a ação directa de luz directa e intensa


Plantas umbrófilas - necessitam para o seu desenvolvimento de sombra (ex: fetos e musgos)


 Influência do fotoperíodo (número de horas de luz diárias)

Plantas de dia longo - florescem quando o fotoperíodo é, em média, superior a 12 horas


Plantas de dia curto - florescem quando o fotoperíodo é, em média, inferior a 8 horas


Plantas indiferentes - não são influenciadas pelo fotoperíodo




Estratificação vertical


Nas zonas com muita vegetação a luz condiciona a distribuição das plantas:


Estrato herbáceo - camada vegetal inferior


Estrato arbustivo - camada vegetal intermédia


Estrato arbóreo - camada vegetal superior.


As características de cada um destes estratos fornecem habitats específicos para diferentes seres vivos.



INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ANIMAIS

Fototaxia - Existem animais que são atraídos pela luz e outros que não suportam a luz:

 Animais lucífilos - são atraídos pela luz – apresentam fototaxia positiva, ou seja, deslocam-se em direcção a uma fonte luminosa (ex: traças e borboletas)

Animais lucífugos - não suportam a luz – apresentam fototaxia negativa, ou seja, deslocam-se em direcção oposta a uma fonte luminosa (ex: morcego e minhoca)




Influência da luz na sua actividade

Os animais realizam as suas actividades diárias em função da presença ou ausência de luz:

 Animais diurnos - encontram-se activos durante o dia (ex: águia)


Animais noctívagos (ou nocturnos) - encontram-se activos durante a noite (ex: morcego e coruja)


 Influência da luz na distribuição dos animais nos oceanos

No fundo dos oceanos, onde existe uma quase escuridão total, apenas existem animais com adaptações próprias como os peixes abissais. A maior parte dos seres marinhos encontram-se junto à superfície.


 Influência do fotoperíodo na reprodução

A reprodução de alguns animais é também condicionada pelo fotoperíodo. Isso faz com que determinadas espécies tenham determinadas épocas de reprodução. (ex: o veado tem tipicamente o seu período reprodutor em Outubro)


Influência do fotoperíodo na morfologia

Alguns mamíferos (ex:lebre-do-árctico) mudam a cor da sua pelagem e algumas aves mudam a cor da sua penugem conforme o fotoperíodo. Esta característica facilita a camuflagem do animal, fazendo com que se confunda mais facilmente com o meio ambiente, ficando assim mais protegido contra predadores.


Influência do fotoperíodo no comportamento


Migrações - Deslocações regulares de um ser vivo para locais que conferem melhores condições de sobrevivência. (ex: andorinha). É o número de horas diárias que indica aos animais o momento para iniciarem a sua migração.


INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NAS PLANTAS


Para sobreviver às condições desfavoráveis durante a estação fria algumas plantas:

- perdem as folhas – plantas de folha caduca ou caducifólias (ex: castanheiro)
- ficam reduzidas à parte subterrânea (ex: narciso)
- ficam reduzidas a sementes (ex: milho)


 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NOS ANIMAIS

A vida só é possível dentro de intervalos de temperatura que se designam  por intervalos de tolerância e que variam de espécie para espécie. Dentro desse intervalo existe uma temperatura em que o ser vivo se desenvolve melhor – temperatura óptima. No entanto, se os limites desse intervalo forem ultrapassados atinge-se uma temperatura letal que pode levar à morte do ser vivo.

 De acordo com a sua amplitude térmica os seres vivos podem ser classificados como:

 Seres euritérmicos: se têm uma grande amplitude térmica (ex: lobo)

Seres estenotérmicos: se têm uma pequena amplitude térmica (ex: serpente)

Seres homeotérmicos (ex: mamíferos e aves) - conseguem manter a temperatura do corpo constante, independentemente da temperatura ambiente

Seres poiquilotérmicos (ex: peixes, répteis e anfíbios) - a temperatura do corpo varia conforme a temperatura ambiente


 Adaptações dos animais às diferentes temperaturas do meio ambiente


Adaptações comportamentais

 Ambientes quentes:

Estivação - redução da actividade durante a estação quente (ex: caracol e crocodilo)


Ambientes frios:

Hibernação - redução da atividade durante a estação fria (ex: ouriço-cacheiro e urso)


Migração - Deslocação regular de um ser vivo para locais que conferem melhores condições de sobrevivência. (ex: andorinha e baleia)


Adaptações corporais

 Ambientes quentes:

- Orelhas grandes, o que permite aumentar a superfície de perda de calor para o ambiente
- Pelo curto, para mais facilmente perder calor corporal


Ambientes frios:

- Orelhas pequenas, o que permite diminuir a superfície de perda de calor para o ambiente
- Pelo longo, para mais dificilmente perder calor corporal
- Camada espessa de gordura, que impede a perda de calor


Adaptações fisiológicas

Ambientes quentes - arfar, o que permite perder calor

Ambientes frios - erecção dos pelos, o que permite criar uma camada de ar isolante junto à pele, diminuindo assim as perdas de calor


INFLUÊNCIA DA ÁGUA NOS SERES VIVOS

Todos os seres vivos precisam de água para sobreviver pois é o seu principal constituinte e é necessária para as suas funções vitais. Por isso existe maior vegetação e animais nos locais com maior humidade e pluviosidade.

No entanto, nem todos os seres vivos dependem da mesma quantidade de água:

Seres hidrófilos: vivem permanentemente na água (ex: polvo e nenúfar)

Seres higrófilos: vivem em locais húmidos (ex: minhoca e arrozal)

Seres mesófilos: necessitam de quantidades moderadas de água (ex: cavalo e sobreiro)

Seres xerófilos: vivem em locais secos (ex: dromedário e cato)


Adaptações das plantas à escassez de água

Plantas de climas secos (ex. cato) apresentam:

- raízes longas e pouco profundas, para captar a maior quantidade de água possível
- caules carnudos, para acumular água de reserva
- folhas de pequenas dimensões ou reduzidas a espinhos, para não perderem água por transpiração

Adaptações dos animais à escassez de água

Os animais de clima seco podem apresentar:

- reservas de gordura que utilizam para produzir água (ex: dromedário e camelo)
- revestimento impermeável que evita a perda de água por transpiração (ex: escorpião)
- Existem ainda animais (ex: gerbilo) que não transpiram, produzem pouca urina e são mais activos durante a noite de forma a evitar perdas de água.


INFLUÊNCIA DO SOLO NOS SERES VIVOS

A maioria dos seres vivos precisa de um substrato para realizarem as suas actividades vitais e garantirem a sua sobrevivência. O substrato é o meio sólido que serve de suporte à maior parte dos seres vivos.

Nos ambientes aquáticos encontramos:

- substratos moles, como os fundos arenosos que podem ser encontrados no leito dos rios e nos oceanos
- substratos duros, como as rochas, sobre as quais vivem animais como as lapas e os mexilhões.

Nos ambientes terrestres, os seres vivos desenvolvem as suas actividades em interacção com os solos.

O solo é a camada mais superficial da crusta terrestre, sendo constituído por matéria orgânica, matéria mineral, água e ar. É bastante importante porque funciona como habitat para uma grande diversidade de seres vivos (ex: insectos, minhocas, toupeiras, fungos e bactérias) e porque serve como meio de fixação para as plantas e de captação de água e minerais essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento.

Influência do tipo de solo na distribuição dos seres vivos

A porosidade do solo influencia a distribuição dos seres vivos, pois há seres vivos que povoam solos arenosos e outros solos mais compactos. No entanto, também a composição do solo, permeabilidade, humidade e textura influenciam a distribuição dos seres vivos.


INFLUÊNCIA DO VENTO NOS SERES VIVOS

O vento contribui para a dispersão de algumas sementes, de modo a que estas se possam dispersar por uma maior área e de forma a encontrarem condições mais apropriadas à sobrevivências das plantas após a germinação
É responsável pelo transporte de bactérias e de fungos, bem como das suas estruturas reprodutoras (esporos).
Nos ambientes aquáticos, promove o arejamento das águas e dá origem à ondulação dos oceanos


Influência do vento na morfologia dos seres vivos

Em regiões muito ventosas encontram-se, preferencialmente, plantas rasteiras e animais de pequeno porte e achatados.

 Influência do vento no comportamento dos animais

Os gafanhotos por vezes movimentam-se aproveitando a deslocação das massas de ar, formando nuvens de gafanhotos
As aves de rapina (ex: falcão) aproveitam as massas de ar quente para planar, gastando assim menos energia
As rotas de migração são influenciadas pelos ventos dominantes em determinadas regiões


Relação entre as alterações do meio e a evolução ou a extinção de espécies

Os factores abióticos condicionam largamente a biodiversidade. No passado, extinções em massa, provocadas por alterações súbitas do meio ambiente, levaram ao desaparecimento de algumas espécies e criaram condições propícias à diversificação e à dispersão de outras.


INTERACÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS

Relações bióticas – interacções intraespecíficas e interacções interespecíficas

 

Interações intraespecíficas - interações entre seres vivos da mesma espécie

 Interações interespecíficas - interações entre seres vivos de espécies diferentes


INTERAÇÕES INTRAESPECÍFICAS

 Cooperação (+,+) - Os indivíduos contribuem para o benefício comum do grupo

Ex: As suricatas organizam-se na vigilância e na recolha de alimento

 Este tipo de relação estabelece-se quando seres da mesma população se organizam em sociedades (ex: abelhas) ou em colónias (ex: pinguins).  Numa sociedade existe uma organização hierárquica e uma divisão de tarefas, enquanto que numa colónia não existe uma hierarquia nem funções diferenciadas.

Competição (-,-) - Prejudicial para os seres vivos envolvidos

Ex: Hipopótamos competem pela atenção das fêmeas

Motivos: luta por água, luz, alimento, território e fêmea.

A expressão máxima de competição intraespecífica é o canibalismo, em que um indivíduo mata outro da mesma espécie, alimentado-se deste. Tal pode acontecer pela necessidade de nutrientes, estabelecimento de uma posição hierárquica, regulação do número de indivíduos e pela eliminação de órfãos e crias que possuem menos hipóteses de sobreviver.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

 Mutualismo facultativo (+,+) - Benefício para ambas as espécies, embora a relação não seja fundamental para a sobrevivência dos indivíduos

Ex: O bodião-limpador limpa a moreia aproveitando-se dos seus restos alimentares

 Mutualismo obrigatório (+,+) - Benefício para ambas as espécies, sendo esta uma relação fundamental para a sobrevivência dos intervenientes

Ex: associação entre algas unicelulares e fungos (que originam líquenes) em que os fungos fornecem água e minerais às algas e estas fornecem compostos orgânicos aos fungos

 Competição (-,-) - Prejudicial para os seres vivos envolvidos

Ex: Leões e hienas competem pelo território, água e alimento

Motivos: luta por água, luz, alimento, território e solo.

Predação (+,-) - Benefício para o predador e prejuízo para a presa

Ex: O urso preda o salmão

Características que favorecem a caça: garras desenvolvidas e bicos fortes e encurvados (ex: águia) e dentes aguçados e mandíbulas fortes (ex: leão).


Tanto predadores como presas podem ter ainda a capacidade de camuflagem ou de mimetismo de forma a passarem despercebidos. Na camuflagem adquirem aspectos semelhantes aos da natureza (ex: bicho-pau), e no mimetismo adquirem aspectos semelhantes a outros seres vivos (ex: falsa-cobra-coral).


Parasitismo (+,-) - Benefício para o parasita e prejuízo para o hospedeiro

Ex: Uma ténia pode ser encontrada no intestino de vários animais como o porco ou até de um ser humano e vive às custas dos seus nutrientes prejudicando-o causando doenças ou até a morte

Os parasitas classificam-se quanto ao modo de vida:

ectoparasitas, se vivem no exterior do corpo do hospedeiro (ex: pulga)

endoparasitas, se vivem no interior do corpo do hospedeiro (ex: ténia)

 Também se classificam quanto ao tamanho:

microparasita, se forem pequenos e e com tempos de gestação muito curtos (ex: vírus e bactérias)

macroparasitas, se forem maiores e com tempos de gestação mais longos (pulgas, carraças, ténias e lombrigas)

 Comensalismo (+,0) - Benefício para o comensal e indiferente para o outro indivíduo

Ex: A rémora é transportada pelo tubarão, aproveita os seus restos alimentares e é protegida por ele, e para o tubarão esta relação é indiferente

 Amensalismo (-,0) - Prejuízo para o amensal e indiferente para o inibidor

Ex: O fungo penicillium produz substâncias que inibem o desenvolvimento de bactérias.

 COMO PODEM AS RELAÇÕES BIÓTICAS CONDICIONAR A DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS

 O número de indivíduos de uma população num ecossistema varia ao longo do tempo até atingir o equilíbrio. Este equilíbrio depende das relações que se estabelecem entre o número de indivíduos, do espaço ao seu dispor, da quantidade de alimento disponível e do número de predadores.

Por exemplo, se o número de predadores num determinado ecossistema diminuir, isso não significará que será algo bom para a população das suas presas. Isto porque o número de indivíduos dessa população vai aumentar e poderá deixar de haver alimento para tantos indivíduos.

Outro exemplo está relacionado com a introdução de espécies típicas de outras regiões num ecossistema onde não encontram predadores, o que fará com que várias espécies desse ecossistema possam se extinguir.


 Fluxos de energia e ciclos de matéria

Cadeia alimentar – sequência de seres vivos que se alimentam do nível trófico anterior e servem de alimento ao nível trófico seguinte.

Nível trófico (NT) – posição que um ser vivo (ou grupo de seres vivos com o mesmo tipo de alimentação) ocupa numa cadeia alimentar.

Ser vivo autotrófico – ser capaz de produzir o seu próprio alimento, a sua própria matéria orgânica, através da fotossíntese.

Ser vivo heterotrófico – ser que precisa alimentar-se de outros seres vivos para obter matéria orgânica.

Classificação dos níveis tróficos (NT):

produtor (autotrófico), consumidor e decompositor (heterotróficos).


Teia alimentar – conjunto de cadeias alimentares que se relacionam, pois há seres vivos que fazem parte de várias cadeias ao mesmo tempo.

Pirâmide ecológica – representação das transferências de energia e matéria entre os seres vivos de um ecossistema. Podem ser de 3 tipos: de números (nº de indivíduos); de biomassa (massa total dos indivíduos) e de energia (energia em cada nível trófico).


FLUXO DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS

O Sol é a fonte de energia do nosso planeta. Só os seres capazes de realizar fotossíntese (fotossintéticos) conseguem captar e transformar a energia do Sol.

A energia do sol é transformada em energia química (presente nas ligações químicas da matéria orgânica produzida pelos seres fotossintéticos) e passa para outros seres vivos através da alimentação. Apenas uma parte da energia disponível num nível trófico é aproveitada pelo nível trófico seguinte.

A energia perde-se sob a forma de calor em actividades como a respiração, excreção, locomoção, etc.

A energia não é reaproveitada nos ecossistemas (não regressa ao Sol nem aos produtores), dizendo-se que segue um fluxo unidireccional. Por este motivo não existem cadeias alimentares com mais do que cinco níveis tróficos, porque a quantidade de energia transferida para o nível seguinte seria demasiado baixa.

CICLOS DA MATÉRIA

A matéria circula nos ecossistemas sob diferentes formas, sendo reaproveitada/reciclada, dizendo-se que segue um ciclo.

Existem diversos ciclos de matéria. O ciclo da água, o ciclo do carbono, o ciclo do oxigénio e o ciclo do azoto.

O ciclo da água,  consiste fundamentalmente em 3 processos que ocorrem sequencialmente de forma cíclica:

Evaporação – a água passa do estado líquido (nos ecossistemas) para o estado gasoso (na atmosfera).

Condensação – a água passa do estado gasoso ao estado líquido, formando-se nuvens.

Precipitação – queda de água na forma de chuva, neve ou granizo.


EQUILÍBRIO DINÂMICO DOS ECOSSISTEMAS E SUSTENTABILIDADE DO PLANETA TERRA

Sucessão ecológica - sequência de comunidades que se vão substituindo umas ás outras, ao longo do tempo numa determinada área.

 




ecológica primária
- surge num local onde nunca houve vida antes

Sucessão ecológica secundária - surge num local onde já houve vida antes

 

Comunidades pioneiras

liquenes

- musgos

- gramíneas

- insectos

- minhocas

- roedores




Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas



Catástrofes Naturais

Geológicas
- sismicidade
- vulcanismo
- movimentos de terrenos

Climáticas
- tempestades
- cheias
- secas
- incêndios

Catástrofes Antrópicas - Provocadas pelo Homem

- incêndios
- desflorestação
- poluição
- invasões biológicas
- ameaças NRBQ
- emergências radiológicas
- acidentes com o transporte de substancias perigosas
- - - - - - - - - - - - - -

Sismicidade

- Tsunami

Medidas de prevenção

- construção antissísmica
- planeamento urbano
- sensibilização das populações
- Vulcanismo
- Lava - destruição dos seres vivos, habitats e edifícios

Cinzas e gases - poluição, destruição de infraestruturas e implicações na economia
Medidas de prevenção

- cartas de risco vulcânico
- monitorização de aparelhos vulcânicos
- sensibilização das populações

- Tempestades - manifestações atmosféricas de extrema violência, sob a forma de intensa pluviosidade, trovoada e ventos fortes (furacões, tufões e ciclones)

Medidas de prevenção

- monitorização
- ordenamento do território
- sensibilização das populações
 - Cheias - fenómenos naturais extremos e temporários provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações curtas e intensas
Principais consequências

- aumento do caudal dos cursos de água que origina o extravase e inundação
- derrocadas
- aluimentos de terras

Medidas de prevenção

- conhecimento da constituição dos solos e da sua capacidade de infiltração
- cartas de zonas de risco de inundação
- limpeza das canalizações e condutas

- Secas - períodos com valores de precipitação muito baixos ou inexistentes

Principais consequências

-degradação dos solos
-diminuição da produtividade agrícola
-desflorestação
-desertificação
-diminuição da biodiversidade

Medidas de prevenção

adaptar as culturas ao regime pluvial da região
construir sistemas de retenção de água como albufeiras

- Incêndios - ocorrência de fogo não controlado

Principais consequências

- destruição da habitats
- destruição de edifícios

Medidas de prevenção

-limpeza das matas e das florestas
-vigilância das florestas
-cartas de risco de incêndio
-sensibilização das populações

- Desflorestação - processo de desaparecimento das florestas

Causas

- obtenção de solo para agricultura e para a pecuária
incêndios

Principais consequências

~aumento da erosão dos terrenos e desertificação
~aumento da dispersão de poluentes
- perdas de biodiversidade

Medidas de prevenção

melhor gestão dos recursos florestais
racionalização da exploração
reflorestação


Introdução de espécies invasoras

- Espécie exótica (não indígena) - espécie que ocorre num território que não corresponde à sua área de distribuição natural
- Espécie invasora - espécie exótica que provoca alterações significativas nos ecossistemas e que pode levar ao desaparecimento de outras espécies

Principal consequência - perda de biodiversidade

Medidas de prevenção

- legislação para controlar as espécies invasoras


Poluição do ar: Aumento do efeito de estufa

- Efeitos de estufa - retenção da radiação solar pela atmosfera terrestre

- GEE (gases com efeito de estufa)

- dióxido de carbono
- metano
- óxidos de nitrogénio
- CFC (clorofluorcarbonetos)

Consequências do aumento do efeito de estufa

- aquecimento global
- alterações climáticas
- degelo dos glaciares
- aumento do nível médio das águas do mar
- risco de desaparecimento de zonas costeiras

Poluição do ar: Redução da camada de ozono
Camada de ozono - camada existente na estratosfera que protege os seres vivos contra os raios ultravioletas

Principal causa da redução da camada de ozono - produção e libertação de CFC para a atmosfera

Principais consequências

- cancro da pele
- enfraquecimento do sistema imunitário
- doenças oculares
- envelhecimento da pele
- destruição da fitoplâncton
- alteração no crescimento das plantações
- alteração nas taxas de incidência de reprodução de alguns seres vivos
  

Poluição do ar: chuvas ácidas
- chuva com ácido sulfúrico e ácido nítrico produzidos pela combinação de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogénio com o vapor de água

Principais consequências

- as folhas das plantas perdem a camada cerosa
- danificação das raízes
- destruição da clorofila
- corrosão de edifícios e monumentos

Poluição da água: Bioacumulação
- passagem de pesticidas e metais pesados, como o mercúrio e o chumbo, de nível trófico, em concentrações cada vez maiores

Principais causas - irrigação dos solos agrícolas com águas com poluentes

Principais consequências

- distúrbios do sistema nervoso
- doenças renais
- destruição do tecido cartilagíneo

Poluição da água: Eutrofização
- concentração excessiva de nutrientes em ecossistemas aquáticos

Principais causas - emissão de poluentes provenientes da actividade agrícola (adubos) actividade industrial e do consumo urbano

Principais consequências

- crescimentos excessivo de algas
- impedimento da passagem de luz
- ruptura do equilíbrio ecológico que pode levar à morte dos seres vivos desse ecossistema


segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Ciências - Exploração dos Recursos Naturais


EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS


Recursos minerais

- Reserva - porção de um recurso mineral que está identificado e que se encontra disponível para ser extraído

- Exploração

- à superfície
   - minas a céu aberto
   - pedreiras

- subterrânea
   - túneis
   - galerias

Prospecção mineira

- observações de terreno
- observações de imagens
- medições geofísicas:
   - magnéticas (minerais magnéticos)
   - radiométricas (minerais radioactivos)
   - gravimétricas (minerais de elevada densidade)


Processos associados à exploração destes recursos

- extracção dos materiais em bruto
- transporte
- separação
- remoção da ganga (impurezas contidas no minério sem valor económico)
- selecção das substancias úteis ao Homem – o minério

Os materiais economicamente não rentáveis são acumulados em escombreiras.


Impactes da exploração mineira

- poluição sonora, do ar, da água e do solo
- impacte paisagístico
- pneumoconiose


Medidas de recuperação de minas

- prevenir a derrocada das galerias das minas
- minimizar a poluição dos solos e das águas subterrâneas
- reduzir o impacte visual negativo


 Recursos hídricos

Distribuição da água na Terra

97% água salgada / 3% água doce
Água doce
glaciares e calotes polares 68,7%
aquíferos 30,1%
outros reservatórios 1,2%
   - lagos
   - rios
   - atmosfera
   - solo
   - seres vivos


Infraestruturas de captação e armazenamento

- albufeiras
- captações
- reservatórios
- canais
- condutas
- estações de bombagem


Consumo de água em Portugal

- Agrícola 87%
- Industrial 8%
- Urbano 5%


Consumo de água (causas)

- clima (quente e de pouca precipitação)
- má gestão do espaço e do subsolo
- poluição


ETA (Estação de Tratamento de Águas)

- melhora a qualidade da água através dos seguintes processos:
    - floculação
    - decantação
    - filtração
    - desinfecção


ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais)

- liberta a água de matérias poluentes antes de ser devolvida para a natureza


Recursos energéticos

Impactes ambientais da utilização de combustíveis fósseis

- libertação de gases com efeito de estufa que provoca o aquecimento global e mudanças climáticas
- chuvas ácidas
- nevoeiro fotoquímico (smog)
- marés negras em caso de acidentes com derrames de petroleiros


Obstáculos ao uso da energia nuclear

- riscos de fugas e explosões que libertam nuvens radioativas
- custos económicos elevados
- receio do uso para armas nucleares


Energia Hídrica (água das barragens)

- permite a regularização do caudal do rio
- produz energia de forma contínua e que pode ser armazenada
- contras: altera a fauna e a flora do ecossistema onde é instalada a barragem e obriga a deslocação de pessoas


Energia Solar (luz solar)

produz poucos gases com efeito de estufa
disponível em qualquer parte do mundo
contras:
investimento caro, necessita de uma grande área de instalação dos painéis solares e impacte paisagístico


Energia Eólica (vento)

- investimento barato
- disponível em qualquer parte do mundo
- contras: não se encontra disponível de forma contínua e impacte paisagístico


Energia Geotérmica (calor do interior da Terra)

- pouco poluente
- pouco impacte paisagístico
- contra: envolve tecnologia dispendiosa


Outras energias alternativas

- marés
- ondas
- biomassa


Como poupar energia

- calafetar portas e janelas
- utilizar vidros duplos nas habitações
- desligar os aparelhos pela ficha e não deixar em stand-by
- lâmpadas de baixo consumo
- utilizar equipamentos eficientes

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Inglês - Conditional Sentences ( If Clauses )

Conditional Sentences ( If Clauses )

As conditional sentences (orações condicionais) são frases que expressam a ideia de que algo só aconteceu, acontece ou acontecerá sob uma determinada condição.

Na maioria das vezes, a construção das conditional sentences é feita com a palavra if (se). No entanto, essa não é a única forma de expressarmos uma condição em uma frase.

Confira as informações abaixo para saber como formar frases condicionais.

Condicional com if
Na língua inglesa, a maioria das frases com verbos condicionais são construídas com o uso de if (se).

Essas frases com if, são chamadas de if clauses. Existem 5 tipos de if clauses. Confira abaixo.

Tipo 0: if + Simple Present + Simple Present
As frases condicionais de tipo 0 abordam situações gerais.

Exemplos:

If I go there, I call you. (Se eu for lá, ligo-te.)
If he calls, she gets happy. (Se ele liga, ela fica feliz.)

Tipo 1: if + Simple Present + Simple Future
As frases condicionais de tipo 1 são utilizadas para indicar uma condição que pode acontecer e um resultado provável.

Exemplos:

If she arrives on time, we will go to the party. (Se ela chegar a tempo, vamos à festa.)
If I see Adrian, I am going to invite him for the concert. (Se eu vir o Adrian, o convidarei para o show.)

Tipo 2: if + Simple Past + Present Conditional ou Present Continuous Conditional
As conditional sentences de tipo 2 indicam uma hipótese e um resultado provável.

Exemplos:

If I had money, I would travel around the world. (Se eu tivesse dinheiro, viajaria pelo mundo.) - Present Conditional.
If I had money, I would be traveling around the world. (Se eu tivesse dinheiro, estaria viajando pelo mundo.) - Present Continuous Conditional

Tipo 3: if + Past Perfect + Perfect Conditional ou Perfect Continuous Conditional
Frases condicionais de tipo 3 são utilizadas para indicar condições irreais no passado e um resultado provável.


Exemplos:

If we had studied, we would have passed the exam. (Se tivéssemos estudado, teríamos passado na prova.) - Perfect Conditional.
If you had listened to your mother, you would have been enjoying your vacations. (Se você tivesse ouvido sua mãe, estaria curtindo suas férias.) - Perfect Continuous Conditional.

Mista: If + Past Perfect ou Simple Past + Present Conditional ou Perfect Conditional
Frases condicionais mistas são utilizadas para indicar condições irreais no presente e um resultado provável.

Exemplos:

If you hadn't been late, you would have arrived in time to catch the bus. (Se você não estivesse atrasada, teria chegado a tempo de pegar o autocarro.) - Past Perfect + Perfect Conditional
If you studied, you would get a better grade. (Se você estudasse, tiraria uma nota melhor.) - Simple Past + Present Conditional

Além das if clauses, outra maneira de formar frases condicionais é utilizando a palavra unless ou locuções como provided that, as long as, in case, etc.

Confira abaixo alguns exemplos com tradução e explicação.