quinta-feira, 8 de agosto de 2019

História - Marquês de Pombal

Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde de Oeiras foi mais conhecido com o nome de Marquês de Pombal.


Nascido em família nobre, quis fazer carreira de Direito na Universidade de Coimbra, mas a abandonou e preferiu a carreira militar, onde também rapidamente solicitou sua demissão.

Desta maneira Marquês de Pombal optou pela carreira diplomática.

Durante o governo do Rei D. João V e com a ajuda dos seus familiares ocupou o cargo de embaixador na Grã-Bretanha onde se considera que iniciou a etapa de formação do seu espírito reformador.  Sua missão em Londres não teve repercussões importantes, mas contribuiu para iniciar o aprendizado no que toca a seu trabalho diplomático.


Quando voltou a Portugal, o Rei D. João V ainda continuava no poder, mas não lhe ofereceu nenhuma função.  Só no momento em que o Rei morreu e o filho D. José I ascende, foi chamado pela Coroa portuguesa para um novo cargo, o de Ministro dos negócios Estrangeiros e da Guerra.

Marquês de Pombal e o Terremoto de 1755
Em 1755 Marquês de Pombal já tinha sido nomeado o Primeiro-ministro do reino.  O dia 1º de Novembro de 1755 seria a prova de fogo para o recém-nomeado.


Nesta data, Lisboa foi destruída depois de um forte tremor de terra, seguido de um maremoto e de vários incêndios.

A reacção de Sebastião de Melo foi a imediata reconstrução da cidade e o atendimento da emergência sanitária.  Como consequência de sua atitude perante a tragédia, Lisboa foi levantada quase um ano depois do terremoto, sem a presença de epidemias.

Mandato de Marquês de Pombal

Utilizando os conhecimentos adquiridos em Londres, Marquês de Pombal implementou satisfatoriamente medidas e reformas para reproduzir o sucesso da economia inglesa em terras lusitanas.  Sebastião de Melo pretendia efectivar a racionalização administrativa, mas deixando o poder monárquico intacto, conservando para isto elementos da política mercantilista.

Neste sentido, durante seu mando durante os anos de 1750 e 1777, o reino de Portugal foi um claro exemplo de política do tipo despótico esclarecido, forma de governo que mistura a monarquia absolutista com o racionalismo iluminista.

Aos poucos, o Rei concedeu maiores poderes ao Marquês, tornando-o um governante severo e rigoroso, características que criaram grandes inimizades com a classe nobre e criando-lhe muitos opositores.

O plano de reformas foi significativo e atingia todos os âmbitos do governo.

No económico, buscava aprimorar a produção nacional perante a estrangeira, estabelecendo monopólios de mercado.

No campo religioso, foi muito discutida sua decisão de expulsar aos jesuítas de Portugal, com o fim de frear a sua intervenção na sociedade portuguesa.

Na educação, com a saída da Companhia de Jesus, estabeleceu novos processos educativos sob o mando de instituições civis.

Já no tema social, regulou a autonomia da nobreza com o fim de favorecer a ascensão da classe burguesa.

Quando o Rei D. José I morreu é sucedido por D. Maria I, sendo a primeira disposição da Rainha a demissão e o desterro do Marquês, devido a que não concordava com as medidas impostas por ele durante seu mandato.