segunda-feira, 6 de maio de 2019

História - Expansão portuguesa


Expansão portuguesa

 Conquista de Ceuta

A cidade de Ceuta localiza-se no Norte de África, sendo na altura uma das cidades mais importantes.


 Boa localização geográfica (permitia o controlo do mar mediterrâneo)

 Local de paragem das principais rotas de comércio mouras (sedas, especiarias vindas do oriente)

 Existência de ouro e especiarias

 Local de partida dos piratas que atacavam o sul de Portugal (permite o controlo dos ataques)


No entanto, a conquista da cidade não surtiu o efeito esperado pelos Portugueses, pois os muçulmanos desviaram as suas rotas e passaram a atacar a cidade. Estes ataques e a falta de riquezas provocaram grandes despesas aos portugueses para conseguirem manter a cidade na sua posse.


Após a conquista de Ceuta, os descobrimentos portugueses dividiram-se entre a continuação da conquista do Norte de África e a exploração do mar para Sul, ao longo da costa africana.


1ª Fase da exploração da costa africana –  De Ceuta a Serra Leoa – Período Henriquino
Principal responsável pelas primeiras expedições marítimas

Infante D. Henrique, filho de D. João I.



D. Henrique é filho de D. João I, iniciador da expansão portuguesa. A era de D. Henrique centrou-se na exploração do oceano Atlântico.




 Os arquipélagos da Madeira e dos Açores já eram conhecidos antes de 1419, no entanto, os portugueses apenas reclamaram a sua posse nessa altura. Após a sua colonização ambas as ilhas foram divididas em capitanias para que a sua governação fosse mais simples, assim como a sua exploração.




  Datas importantes durante esta fase

1419 – Redescobrimento* da Madeira

1427 – Redescobrimento* dos Açores

1434 – Passagem do cabo Bojador (navegador: Gil Eanes)

1460 – Chegada a Serra Leoa

 



             Em relação aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, algumas das suas ilhas já apareciam representadas em alguns mapas do século XIV, por isso não se trata de descobrimentos, mas sim de redescobrimentos.

Só a partir da passagem do cabo Bojador é que se atingiu terras nunca antes pisadas pelos europeus. Por isso, a partir de 1434 é que se iniciam as verdadeiras viagens de descobrimento, ou seja, viagens a terras que até aí não eram conhecidas pelos europeus.                                                 



História - Expansão e mudança nos séculos XV e XVI

 Expansão e mudança nos séculos XV e XVI

O expansionismo europeu.
No início do século XV, as condições que se encontravam na Europa nessa época provocou uma grande crise politica, económica, social e demográfica.

 Doença (peste negra),
 Más colheitas (diminuição da produção agrícola)
 Fome
 Guerra (guerra dos cem anos)
 Diminuição da população em consequência das condições anteriores (falta de mão-de-obra)
Aumento de impostos
 Revolta dos camponeses pela fixação dos salários

 Crise em Portugal

 Peste negra
 Guerras fernandinas (guerra pela sucessão ao trono de D. Fernando)

Durante o século XV as condições na Europa melhoraram:

 Fim da guerra
 Diminuição da peste
 Ligeiro aumento de população (particularmente nas cidades)
 Melhores condições ambientais
 Aumento da produção agrícola
 Aumento das trocas comerciais (comércio)

 O comércio na Europa beneficia principalmente os Muçulmanos (rotas das especiarias, sedas e perfumes), sendo considerados adversários religiosos e econômicos. Estes detinham todo o conhecimento existente, na época, sobre os continentes asiático e africano.

 Os principais receptores dos produtos vindos pelas rotas do Oriente eram a cidade de Veneza e de Génova. O grande número de intermediários tornava os produtos muito caros.

 O interesse no continente africano, devia-se à necessidade de obter minerais preciosos (ouro e prata) para produzir moeda, muitos destes metais vinham do interior de África trazidos pelos Muçulmanos. Assim como o interesse pelas rotas comerciais dos Muçulmanos que vinham da Ásia e atravessavam o norte de África para chegar à Europa.

 O expansionismo europeu

A Europa via-se como o centro do mundo e a detentora de todo o conhecimento, no entanto, o continente americano, a Oceânia, assim como grande parte de África e mesmo da Ásia eram completamente desconhecidos. Existindo apenas rumores e mitos que assustavam a população, mantendo a Europa completamente isolada do resto do mundo.

 Portugal e Castela encontraram-se na frente dos descobrimentos. Sendo dois países com uma antiga ligação devido às suas posições geográficas (encontram-se lado a lado), partilhavam também uma história no que consiste ao seu desenvolvimento, pois Portugal surge a partir de Castela.

 A guerra entre os dois países sempre foi intensa, particularmente devido às suas fronteiras partilhadas. A assinatura do tratado de paz entre os dois países em 1411 deixou a situação politica mais ou menos resolvida.

 Condições de Portugal que motivaram a expansão:

 Paz política com Castela
 Problemas econômicos (comuns à Europa)
 Desvalorização da moeda
 Escassez de alimentos (particularmente cereais)
 Conquista de novos territórios (nobreza e clero)
 Busca de glória, prestigio e fama (jovens nobres, rei)
 Novos produtos e mercados (burguesia)
 Melhores condições de vida (novos locais de emigração – povo)
 Luta contra os muçulmanos (nobres e clero)
 Expansão da fé cristã (clero)

 Condições que permitiram os descobrimentos portugueses:

 Paz (tratado de paz com Castela)
 Posição geográfica (grande costa atlântica, portos naturais, próxima do Mediterrâneo)
 Estabilidade económica (procura de melhores condições de vida)
 Espírito de cruzada (propagação da fé)
 Prática de actividades aquáticas (pesca, comércio marítimo)
 Conhecimentos de navegação (e construção naval)
 Conhecimento de instrumentos de náuticos (astrolábio, balestilha, quadrante e bússola)
 Conhecimentos de geografia, astronomia e cálculo matemático (navegação pelos astros)



Devido a: Contactos com Árabes e Judeus proporcionou o conhecimento a saberes náuticos, que aperfeiçoaram e adaptaram à navegação em alto mar.

Novos processos de construção naval:


adaptação de um novo tipo de embarcação, a Caravela.

uso da vela triangular
uso do leme central 


Possibilitaram o domínio da técnica de Bolinar, isto é conseguir navegar com ventos contrários.