1ª Fase da exploração da costa africana – De Ceuta a Serra Leoa
Período Henriquino
Principal responsável pelas primeiras expedições marítimas
Infante D. Henrique, filho de D. João I.
Datas importantes durante esta fase
1419 – Redescobrimento* da Madeira
1427 – Redescobrimento* dos Açores
1434 – Passagem do cabo Bojador (navegador: Gil Eanes)
1460 – Chegada a Serra Leoa
* Em relação aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, algumas das suas ilhas já apareciam representadas em alguns mapas do século XIV, por isso não se trata de descobrimentos, mas sim de redescobrimentos.
Só a partir da passagem do cabo Bojador é que se atingiu terras nunca antes pisadas pelos europeus. Por isso, a partir de 1434 é que se iniciam as verdadeiras viagens de descobrimento, ou seja, viagens a terras que até aí não eram conhecidas pelos europeus.
Gil Eanes foi um navegador português, escudeiro do Infante D. Henrique. Foi o primeiro a navegar para além do Cabo Bojador, em 1434, dissipando o terror supersticioso que este promontório inspirava e iniciando assim a época dos "grandes descobrimentos".
2ª fase da exploração da costa africana – Da Serra Leoa ao Cabo de Santa Catarina
Contrato com Fernão Gomes
Responsável pela 2ª fase da exploração da costa africana
Fernão Gomes era um rico mercador de Lisboa
Após a morte do infante D. Henrique, o rei português então no poder, D. Afonso V, interessou-se mais em expedições militares no norte de África, onde conquistou as cidades de Alcácer Ceguer (em 1458) e Tânger (em 1471).
As expedições marítimas ficaram encarregues ao burguês Fernão Gomes, através de um contrato de 5 anos (1469-1474). Fernão Gomes podia fazer comércio nas terras que descobrisse, e em troca pagava uma importância em dinheiro e estava obrigado a descobrir para sul, em cada ano, cem léguas de costa.
Datas importantes durante esta fase
1474 – Chegada ao Cabo de Santa Catarina
Durante esta fase foi explorado todo o golfo da Guiné, incluindo a costa da Mina, onde foi possível adquirir bastante ouro.
3ª fase da exploração da costa africana – Do cabo de Santa Catarina ao cabo da Boa Esperança
Direção de D. João II
Responsável após o contrato de Fernão Gomes
D. João II, filho de D. Afonso V
Com a subida ao poder de D. João II, a política de expansão tomou um novo rumo. O grande objetivo de D. João II era chegar à Índia por mar, contornando o continente africano.
Houve três iniciativas durante o seu reinado que contribuíram para que se atingisse o seu objetivo:
1485-1486 – as viagens de Diogo Cão, que explorou o litoral de Angola e chegou até à actual Namíbia
1487 – a expedição de Pero da Covilhã e Afonso de Paiva ao Oriente para recolherem informações sobre a navegação e o comércio no Oceano Índico
1488 – a passagem do cabo da Boa Esperança, por Bartolomeu Dias, que assim atingiu o limite sul do continente africano e alcançou o Oceano Índico
Em 1488 Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a dobrar o Cabo das Tormentas. Na esperança de abrir novos caminhos às descobertas portuguesas o cabo foi rebaptizado como sendo da Boa Esperança.
Estava assim aberto o caminho para se chegar à Índia por mar.